Quem é o culpado pelas alterações climáticas?
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A seca extrema e prolongada potencia os incêndios - exemplo do 15 outubro de 2017 em Portugal; algumas espécies não têm perfil para aguentar longos períodos sem água



Solos secos e densamente povoados por árvores que aguentam mal a seca são um rastilho para os incêndios

Uma situação nunca antes vista aconteceu em Portugal a 15 de outubro de 2017. Nesta altura do ano o outono já deveria estar a ditar as regras, mas o verão prolongou-se até meados de outubro. Situações de verões prolongados repetem-se há vários anos seguidos não sendo uma novidade.
São o reflexo das alterações do clima que o planeta atravessa e ao qual o homem terá de se adaptar. Não se sabe se estas alterações são potenciadas ou não pelo homem. O que é certo é que o planeta desde sempre sofreu períodos de mudanças.

1 - Calor abundante
2 - Baixa humidade do ar e do solo
3 - Seca prolongada com solos sem água
4 - Vento forte
5 - Vento seco e quente do Norte de África
6 - Práticas de risco com queimadas


Precisamente a 15 outubro de 2017 ocorreu um cenário devastador no país com centenas de incêndios no país em simultâneo desde o tejo até ao norte do país. O verão e a primavera de 2107 foram bastante secos. A seca extrema aliadas a um período prolongado de calor fizeram com que as florestas ficassem bastante vulneráveis. Calor abundante, baixa humidade, solos secos e vento forte foram o rastilho para as centenas de incêndios que varreram mais de metade do país. Mais curioso foi observar os pequeno tornados misturados com chamas.



Se fosse possível fazer o teste em laboratório?

Colocar duas pequenas árvores da mesma espécie num laboratório. Uma com o subsolo com reservas de água e outra com o subsolo seco. Depois submeter ambas as árvores a um teste sob as mesmas condições, de radiação solar extrema contínua.

Provavelmente uma das árvores ardia mais facilmente e outra resistiria indo beber água pelas raízes. As árvores quando são sujeitas à radiação solar libertam odores e aromas e quanto mais forte a exposição maior os odores, tal como o homem liberta suor e cheiros quando fica desideratado. Com uma câmara térmica é possível ver qual a árvore que sofre mais e que está em risco iminente de arder. Por isso o uso de drones com câmaras térmicas é uma solução para monitorizar as florestas.



Chegou a hora de colocar a ciência ao serviço da floresta portuguesa

Melhor ainda seria fazer a mesma experiência mas com árvores de espécies distintas. E se calhar chegar-se-ia à conclusão de que árvores como, por exemplo, os sobreiros, estão mais bem preparados para aguentar secas prolongadas do que eucaliptos ou pinheiros. Por isso são as árvores que dominam o alentejo. Curioso quando se ouve dizer que o "eucalipto é o petróleo verde"? Na época dos fogos todos falam, todos acham que são especialistas no assunto, mas chegou a hora de colocar a ciência ao serviço da floresta portuguesa e dar menos importância ao mero interesse económico.

Ciprestes mediterrânicos aguentam os fogos: Link.

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