Quem é o culpado pelas alterações climáticas?
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O impacto da alteração da órbita da Terra e do ângulo do eixo de rotação no clima e na sociedade




Dois fenómenos astronómicos com impacto no clima

A órbita elíptica que a Terra realiza em torno do Sol vem sofrendo alterações ao longo de milhares de anos, ou seja verificam-se ligeiras mudanças geométricas nas elipses que são desenhadas no espaço pela Terra. Umas vezes as elipses são mais abertas e outras vezes mais fechadas mas com variações ligeiras perceptíveis apenas em longos períodos de tempo.

Por sua vez o ângulo do eixo de rotação da Terra (ao longo do qual o planeta azul executa rotações em torno de si mesmo) em relação ao plano da órbita terrestre também tem registado ligeiras variações ao longo do tempo. Estes dois fenómenos combinados ou simplesmente isolados originaram mudanças no ângulo e na área de incidência da radiação solar na Terra, que por sua vez causaram alterações climáticas - teoria de Milankovitch.





A incidência da radiação solar é fundamental para o clima na Terra, por isso a sua oscilação por mais pequena que seja tem impactos significativos. Como se referiu tanto a órbita como o ângulo do eixo de rotação registaram no passado alterações ao longo do tempo e isto é provado com os diferentes períodos glaciares e períodos de calor no planeta Terra.





Alterações climáticas que tiveram impacto no apogeu e no declínio de civilizações

Mas não foram só estas oscilações geométricas no sistema solar que provocaram variações climáticas. A intensidade da actividade vulcânica - que filtra a radiação solar - ou até mesmo a intensidade das manchas solares originaram períodos de arrefecimento ou de aquecimento na Terra.

Durante os períodos de maior calor na Terra inúmeras civilizações prosperaram. Nestas fases o gelo polar recuou. Por exemplo no tempo dos vikings, ao contrário de hoje, a Islândia não tinha qualquer gelo. É extraordinário ver como estas alterações climáticas coincidiram com a mudança no rumo de algumas civilizações. Por exemplo o declínio do império romano calhou no mesmo período em que se inicou uma fase de arrefecimento na Terra.





Investigadores da Universidade de Harvard mostraram que, no auge do império romano, o clima era quente e chuvoso o que fez prosperar a agricultura ajudando ao crescimento do exército e da economia. Porém esse apogeu entrou em declínio, precisamente no mesmo período em que ocorreram mudanças climáticas na Terra com o tempo a ficar mais seco e frio. Estas alterações afectaram negativamente as colheitas agrícolas do império ajudando a desencadear fenómenos económicos como a inflação e a revolta da população e do exército.

Esta teoria mostra que foram factores ambientais que levaram ao colapso do império romano. Para prová-la os cientistas de Harvard analisaram os anéis de secções de troncos antigos dessa era, onde é possível constatar como era o clima na terra. Cada anel corresponde a um ano e conforme o afastamento desses anéis, fica-se a saber a precipitação e a temperatura na Terra nesse período.





Estes dois fenómenos de oscilações geométricas entre a Terra e o Sol hão-de continuar a registar-se no futuro porque o sistema solar não é estático e vai potenciar novos fenómenos de alterações climáticas, quer queiramos quer não. Por isso não cabe a ser humano julgar que pode impor medidas para contrariar estas oscilações. O que nos cabe é saber adaptarmos a essas alterações da melhor forma possível. Os dinossauros que desapareceram não conseguiram adaptar-se à mudança climática. Outros que ainda hoje existem souberam adaptar-se, como as tartarugas ou os crocodilos.

É demasiado pretensioso pensar-se que as alterações climáticas são um resultado exclusivo da actividade humana. Certamente que alguns hábitos humanos podem potenciar o aumento de situações climáticas extremas, mas estão longe de serem a causa principal para a ocorrência de alterações no clima. A própria designação alteração climática tem, hoje, uma conotação bastante negativa fruto de campanhas mediáticas iniciadas com a teoria do aquecimento global e que rejeita que hajam alterações no clima terrrestre, o que é um bocado absurdo pensar que o clima tem de ser uma coisa imutável no tempo.





Uma alteração climática mais não é do que uma mudança do clima face ao passado recente daquilo que nos habituámos a aceitar como uma regra. Essas mudanças climáticas ocorreram inúmeras vezes na história do planeta Terra. Ao contrário do que se pensa as alterações climáticas não são um exclusivo da nossa era, sempre aconteceram e hão-se continuar a acontecer. Os períodos de aquecimento e arrefecimento na Terra comprovados na análise dos anéis das secções dos troncos das árvores são uma prova disso mesmo.

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