Quem é o culpado pelas alterações climáticas?
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Verão de 2018 em Portugal marcado por frio, humidade e ausência de ondas de calor, um fenómeno que já aconteceu no passado
O Verão de 2017 foi infernal e ficará na memória dos portugueses. Foi marcado pelos incêndios horríveis que mataram dezenas de pessoas em Portugal durante os meses de Julho e Outubro. As ondas de calor, o tempo seco e o inverno com pouca chuva foram factores decisivos que potenciaram a ocorrência de incêndios dantescos no ano passado.
Mas este ano o Verão está a ser o oposto do ano anterior e vários acontecimentos estão a contribuir para um arrefecimento generalizado no Verão de 2018 em Portugal.
1 - o inverno foi chuvoso, permitindo encher as barragens e aumentar os índices de água no subsolo nos campos e terrenos florestais.
2 - dias de chuva costumam acontecer no Verão mas são ocasionais e não com a persistência que se tem verificado este Verão. E isso tem uma explicação - o anticiclone dos Açores está a trabalhar de forma contrária ao habitual fazendo com que os dias sejam nublados com nuvens e precipitação.
3 - a ausência de ondas de calor vindas do norte de África também tem ajudado a arrefecer este Verão.
Este Verão ameno é uma situação anormal?
Um Verão ameno não é uma situação anormal já que aconteceu várias vezes num passado recente em Portugal. Por isso estar a atribuir o arrefecimento deste Verão a uma tema muito na moda (as alterações climáticas) parece um pouco ridículo. Alterações climáticas acontecem desde o tempo dos dinossauros e não são um exclusivo da nossa era.
- em 1988 a temperatura média do Verão foi de 20,4ºC
- em 1977 a temperatura média do Verão foi de 18,6ºC
Verão foi de "férias" para o norte da Europa
É curioso que, também ao contrário do normal, o Verão está a ser mais quente do que o normal no norte da Europa e já ocorreram incêndios violentos na Suécia. Será que a resposta científica para tudo isto se resume aos anticiclones? Ou será que o eixo da Terra está com um grau de inclinação diferente do habitual?
Aqui está um artigo interessante de Miguel Esteves Cardoso que fala sobre este assunto.
"Que bela Primavera
22 de Julho de 2018
A única coisa a fazer é subtrair três meses à data e fingir que estamos a 22 de Abril. Para Abril (ex-Julho) até tem chovido pouco e houve uma semana deliciosa que deu para banhos de mar todos os dias.
O IPMA, depois de vários falsos alarmes do género "calor chega na quinta-feira" ou "Verão tropical já em Julho", decidiu pôr fim às previsões eufóricas e/ou apocalípticas e retomar o tom reservado que lhe fica melhor.
Diz-nos que isto das previsões tem que se lhe diga, que a culpa é do anticiclone dos Açores e que o mês de Julho é o mais fresquinho dos últimos 30 anos. Isto é traumático para as pessoas com menos de 30 anos de idade. Devem pensar que o Winter is coming do Game of Thrones se aportuguesou para o Winter never went away. Pensam que não é possível haver em Portugal um Verão tão primaveril.
Em 1988, a temperatura média do Verão foi de 20,4 graus. Em 1977 foi de 18,6 graus. Sim, isto inclui Agosto e dois terços de Setembro. Em 1988 lembro-me que havia a consolação de não ser tão mau como 1977.
Aquilo que se diz aqui em Sintra é muito mais simples e verdadeiro do que comparar médias e falar de frescuras relativas: o Verão ainda não chegou. Em Julho, pelas indicações do IPMA, já não chegará.
A única coisa a fazer é subtrair três meses à data e fingir que estamos a 22 de Abril. Para Abril (ex-Julho) até tem chovido pouco e houve uma semana deliciosa que deu para banhos de mar todos os dias.
Está enevoado e fresco mas já vamos com um mês de Primavera e Maio (ex-Agosto) promete ser bom. Pior do que Março (ex-Junho) não pode ser.
O mal de subtrair três meses é que ficamos com um Verão ainda mais horrível do que este. Agosto chega em Novembro e Setembro em Dezembro. Aproveitemos!"
(Actualização Agosto 2018)
Ao contrário do habitual o Verão deste ano só chegou em força em Agosto. Depois de Junho e Julho frios e amenos o primeiro fim de semana do mês de Agosto ficou marcado por uma onda de calor vinda do norte de África que atingiu o país.
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