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A taxa de carbono sobre os combustíveis provoca revolta social em França



Taxa de carbono em França acendeu um rastilho de violência social

O governo francês pretendia criar um imposto sobre os combustíveis fósseis em França, denominado taxa de carbono na sequência de políticas ambientais. A proposta originou uma onda social de revolta tão grande que o Presidente Macron foi obrigado a recuar e a desistir da medida. A onda de protesto e de violência ficou conhecida como a revolta dos coletes amarelos. Esta taxa implicava um aumento no preço final dos combustíveis, uma situação insustentável para muitos cidadãos franceses que necessitam de veículos automóveis a combustão para trabalhar. A revolta dos coletes amarelos foi tal que o tema da taxa de carbono passou para segundo plano com outros assuntos a ganharem relevo como a desigualdade social. A taxa de carbono foi um chamariz.

A França é um país com longa história nas revoluções sociais. A queda da monarquia e a morte da rainha na guilhotina são uma prova disso. Este passado ainda está vivo na memória dos franceses, por isso o Presidente Macron recuou ao sentir o poder do povo. Mais engraçado é que, para além de desistir da taxa de carbono Macron decidiu também aumentar o salário mínimo em 100 euros, ao ver o poder ameaçado e receoso com mais ondas de manifestação.

Taxa do carbono, uma preocupação ambiental ou um loby?

Taxar o carbono continua a ser uma medida que não é aceite de forma uniforme em todos os países. Alguns países criaram a taxa, outros recusaram-na. E há outros casos em que o imposto foi criado e posteriormente eliminado como é o caso da Austrália onde o governo aboliu a taxa de carbono depois de ter estado dois anos em vigor. No caso da Austrália a taxa incidia sobre as emissões de fábricas. Mas a situação de França constitui um caso inédito já que foi a sociedade que se manifestou contra a taxa e não um governo.

A questão que se coloca é esta: se a taxa de carbono é um imposto para combater a poluição ambiental então o dinheiro que provém daí deveria ser aplicado em questões ambientais porque senão corre o risco de se tornar em mais um imposto para fazer face às despesas dos países como o pagamento de dívida soberana.

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