Realizou-se em Paris mais uma conferência mundial sobre o clima onde estiveram presentes representantes de inúmeros países. Para além das inúmeras discussões sobre o impacto humano nas alterações climáticas o objectivo passa por estabelecer princípios que ajudem a reduzir as emissões humanas na atmosfera.
No entanto o enfoque volta a centralizar-se no CO2 que, como se sabe, pelo facto de contribuir com uma (pequena) parcela para o efeito de estufa não faz dele um agente poluidor do ar. Continua a desviar-se as atenções das emissões dos verdadeiros gases poluentes. As medidas principais têm como objectivo reduzir as emissões de CO2.
Mas será que essas medidas vão produzir o efeito desejado, ou seja diminuir a temperatura do planeta e reduzir as alterações climáticas? A redução de emissões de carbono, por si só, conseguem fazer com que o planeta arrefeça e conseguem fazer baixar o nível do mar? Não há nenhuma prova científica de que a redução de CO2 com origem humana garanta o resultado desejado.
Mudar o automóvel é mudar o ambiente
Em vez de se discutir as emissões de CO2 em Paris, deveria-se falar em acabar com as emissões de verdadeiros gases poluentes provenientes de indútrias e veículos a combustão. Isso sim seria mudar o ambiente e acabar com a verdadeira poluição atmosférica. Não é acabar com as emissões de CO2 que se melhora o ambiente. As centrais de electricidade a carvão são responsáveis por grandes níveis de poluição atmosférica. A poluição atmosférica e smog que se vê recentemente em Pequim não é CO2...
A diminuição da poluição atmosférica, essa sim, é uma medida saudável e tem efeitos imediatos uma vez que melhora a qualidade do ar que respiramos. Para isso seria necessário reduzir as emissões poluentes provenientes de chaminés industriais - não se trata de CO2. E, o mais difícil, seria diminuir a circulação de automóveis a diesel. Este último ponto parece difícil de concretizar. O último escândalo do dieselgate prova que as marcas conseguem ludibriar os testes na Europa.
Se as empresas petrolíferas fossem obrigadas a pagar impostos altos pela poluição das emissões que provocam então a produção de petróleo deixaria de ser uma actividade lucrativa e obrigaria a indústria automóvel a pensar em veículos mais limpos. As empresas petrolíferas não estão dispostas a mudar de hábitos facilmente. A contínua produção de automóveis a combustão tornou-se insustentável.
A transição para veículos híbridos e eléctricos torna-se fundamental. No entanto convém não esquecer que veículos a hidrogénio que emitem vapor de água são piores do que os convencionais dado que o vapor de água tem um efeito de estufa muito maior do que o próprio CO2. Este parece ser o ponto chave - mudar as emissões dos automóveis que são os grandes responsáveis pela poluição nas zonas urbanas.
Outra ideia que sai desta conferência prende-se com a ideia de crescimento económico ad infinitum. Ou seja países como a China têm de ter um crescimento mais sustentável alicerçado em boas práticas ambientais. O crescimento não tem de ser inimigo do ambiente. O impacto ambiental tem de ser um objectivo de governos. O lucro terá de ser sacrificado em nome do planeta.
Nesta conferência também existe o aspecto social e moral. A auto-suficiência energética é importante para garantir a independência económica de países desenvolvidos. Os países sub-desenvolvidos, por não terem acesso a energias mais limpas, usam a queima de materiais para produzir energia o que acaba por prejudicar o ambiente.
Os países mais industrializados são responsáveis por enormes quantidades de emissões de CO2 e de verdadeiros gases poluentes que podem provocar desequilíbrios climáticos em países mais pobres com secas ou dilúvios. Estes acabam por ter menos recursos e pagam a factura. Os países mais pobres, como em África, são os mais penalizados com as alterações climáticas e os menos preparados para necessidades de mudanças rápidas.
Uma série de perguntas continua sem resposta:
1 - Será que as medidas anunciadas podem mesmo provocar o arrefecimento do planeta e diminuir as alterações climáticas? A "descarbonização" total, um termo usado para se referir à completa eliminação de emissões de CO2 antropogénicas - com origem humana - garante, por si só, que o termómetro dimimnua? A Terra, um planeta em constante mutação, já sofreu inúmeros ciclos de aquecimento e arrefecimento, mesmo antes do período industrial, altura em que as emissões aumentaram. Desde há milhares de anos que o planeta mostra-nos isso quer o homem queira ou não queira, quer o homem interfira ou não interfira, directa ou indirectamente.
2 - O COP 21 tem medidas bem intencionadas mas, por trás desse lado de bom samaritano, não se esconde uma oportunidade de negócio para as empresas de energia se implementarem nos paíes sub-desenvolvidos? Não existem aqui interesses económicos ocultos?
3 - O objectivo de arrefecer o planeta está dependente de inúmeros factores que o homem não controla como a intensidade da actividade solar ou das pequenas variações das órbitas do sistema solar. Mas mesmo que o objectivo seja alcançado a médio ou longo prazo, o que é que é pior para a saúde do homem: um planeta constantemente frio ou quente durante uma parte do ano?
Propaganda da teoria do aquecimento global e CO2 sem fim à vista
A demanda dos (falsos) profetas do apocalipse continua com a ininterrupta e mediática propaganda da teoria do CO2. Quiçá o planeta há-de, um dia, estar envolto numa enorme nuvem de poluição atmosférica e os mesmo cientistas da propaganda, pagos a peso de ouro, hão-se continuar a atirar-nos areia para os olhos afirmando que aquilo é CO2...
Aliás o planeta Terra já esteve no passado coberto de um denso manto cinzento quando um conjunto de erupções vulcânicas, em simultâneo, expeliram para a atmosfera cinzas vulcânicas o que fez com que surgissem alterações no clima. Nesse período a vida na Terra alterou-se drasticamente e muitas espécies, como dinossauros, não conseguiram adaptar-se acabando por extinguir-se. Mas isso não foi por causa do ...CO2, certamente. Faz parte da natureza.
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