Delgado Domingos, a voz portuguesa crítica da tese do aquecimento global

Delgado Domingos, falecido em 2014, foi um cientista crítico da teoria do aquecimento global. Implementou o ensino de engenharia do ambiente em Portugal. Foi uma voz sonante em temas ambientais como a energia nuclear em Portugal. Em 1970 criticou a hipotética instalação de uma central nuclear em Peniche usando sempre argumentos científicos para desmascarar as pretensões da energia nuclear. E isto numa altura em que o desastre de Tchernobil ainda estava por acontecer. Foi visionário.

Seguindo o principal objectivo da ciência, que procura a verdade pura e não consensos falaciosos, o ex-professor voltou a usar argumentos técnicos para desconstruir a mediática tese do aquecimento global. Delgado Dolmingos contestou grande parte dos argumentos científicos que estão por trás da teoria das alterações climáticas, principalmente o excessivo enfoque que é dado ao CO2. Delgado Domingos foi sempre fiel aos números e às leis físicas. São esses os pilares básicos da ciência. Por isso nunca concordou com a mediatização da teoria do aquecimento global, dado que se trata mais de propaganda do que da procura da verdade científica.

Domingos Delgado concluiu que os defensores da teoria usam argumentos políticos e ideológicos para sustentarem as suas posições, ou argumentos científicos pouco credíveis. O excessivo enfoque dado ao CO2 é o cerne da questão. O cientista afirmou que "os modelos do clima do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU confundem resultados de simulações computacionais com os valores observados". O mesmo organismo (IPCC) "não considerou a descida das temperaturas registada entre 1910 e 1975, e os cientistas argumentaram que essa descida se ficou a dever à emissão de aerossóis para a atmosfera por causa da atividade industrial".

Delgado Domingos defendeu que o CO2, por si só, não provoca grande aquecimento, enquanto "o impacto do vapor de água na atmosfera é absolutamente crucial". Se ele não existisse, "a temperatura global só aumentaria um grau cada vez que duplicasse a quantidade de CO2 na atmosfera".